quarta-feira, 18 de junho de 2008

acontece na madrugada



As contas pagas e por pagar são detalhes de sua rotina do dia a dia. A fumaça do fumar dança pelo ar. Sombras e sonidos paralelos que querem se encontra em um lugar distante de si. Alguma coisa está no ar e fora do controle. O desejar o proibido até de se pensar. Alguma coisa dançando no ar. Embriagante noite louca onde coisas soltas assustam qualquer sonhar desperto. Olhos abertos. Vontade louca. Voz rouca no blues sussurrado ao ouvido do vento. Olvidado. Cuidado com o querer. Vontade forte, muito de correr. Isso da medo. Não se pode pontuar. Não se deve exclamar. Tão pouco perguntar o que diz a voz do vento. Sob a lua de hoje que é cheia e seduz ouve-se o lamento apertado. Clave de sol e novamente o medo de acordar. Treme por sobre a pele o sentir por sob a pele. Repele e atrai em rima. Verso e reverso sob o lençol macio. Quarto minguante na Lua cheia. Desce o orvalho na umidade da saliva. Inclina acima e abaixo das nuvens. Voa no tapete mágico da neblina. Tão gentil e pequenina beija no infinito um sorriso. Lábios que se tocam no encontro longínquo das linhas paralelas. Paraíso.

o anjo